terça-feira, 16 de junho de 2009

Por onde anda ela? Mussulo. Sangano. Malange.

O brasileiro, morador do Brasil, começa a semana completamente zen hoje, porque afinal, acabou de passar por um feriado prolongado do tipo mais arregado/ressaquento, daquele que começa na quarta a noite com happy hour e acaba só depois da vinheta do Fantástico (a deprimente), no domingo. Nós aqui não temos Corpus Christy, mas eu nem ligo, nem queria mesmo, sabe por quê? Porque em Angola, país que tem o maior espírito operante de funcionário público desse mundo, feriado que caí no domingo, automaticamente, passa pra segunda-feira. Chupa essa manga! Nas sábias palavras do bichinho da Parmalat: “Tomou”?
Expatriado não costuma ter feriado, porque vida social é para os fracos. Mas a empresa aonde trabalho, que é uma fofa-queridinha, andou doando uns for free pra nós. Realizei que estou morando na África, e saí (bóra!) conhecer lugares ó-te-mos:

- Ilha do Mussulo: Pra acabar na marra com o complexo de Maria Bethânia/cogumelo eléctrico do meu cabelo, fui duas vezes. Praia linda, areia fina, água tranquila igual de piscininha, quiosques com caminhas fofas, uma colecção de portugueses virando pimentão, tudo úber-chiquê. O melhor são os vendedores ambulantes que oferecem de tudo. Paninho estampado by África, bubu tradicional (mamãe vai ganhar um), artesanato em madeira… Só não tem picolé. Se vc quiser chupar alguma coisa, chupa um… dedo. Fotos by Juliana Aleixo.

- Sangano: A praia mais frequentada pelos brasileiros, tipo eu. Areia de fazer milanesa, e ondas assassinas (de chapinhas). Curti horrores passar a noite no bangalô, 73,4% melhor do que a minha república. E descobri que também é possível ler o futuro com os búzios comestíveis. É só prestar atenção nas vibrações estomacais que vêm logo depois do consumo. Foto beau-ti-full do pôr-do-sol by Cláudia Nolasco. Foto do búzio comestível éca by Allan.

- Malange: Cri-cri, cri-cri! É calmo assim de ouvir o grilinho. Cidade do interior ideal pra curar “os stresses”. Visitei as Pedras Negras do Pungandongo (o blog é meu, eu escrevo como eu quero), onde tem as pegadas da rainha decapitadora, dona de toda uma lenda (e que pelas minhas contas calçava 44), a pedra do homem (…), e a pedra do bico de papagaio. Pela estrada afora (eu vou bem sozinha) é possível cruzar com manadas de cabrinhas (vide placa “cuidado com o bode” de autor referência), com tanques de Guerra, ou com uma mina esquecida doidinha de vontade de explodir… fica à escolha do freguês. Me senti a Gisele posando de top, toda podendo em cima do tanque. Primeiras fotos by myself. Foto war-fashion by Allan.





















E foi isso tudo que me aconteceu nas últimas semanas. Poupando meus leitores dos detalhes sórdidos (que são os mais interessantes). Axaaas?