terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Reveillon em Punta del Este

Já passou do Carnaval, e eu tô aqui sem vergonha, falando do Reveillon. Eu, a prima da lesma.

Quem achar esse post googlando, vai pensar que estou aqui pra dar dicas de várias festas “Ilha-de-Caras”, nos iates com as celebridades, onde se gasta vários dólares. Mas não eu, né? Que eu sou econômica. Economizo em festa, pra gastar em roupa.
Meu reveillon foi num hostel com ceia de Pamplona (frango na redinha), e fogos na Playa Barra, aquela da mão do gigante. Taí a mão do gigante, escultura do artista Mario Irarrazabal (repita rápido 3x).
Mario Irarrazabal é muito legal (ima, ima, ima...), mas o artista top de Punta é Carlos Paés Vilaró, o dono da Casa Pueblo. A Casa Pueblo não é casa, nem é pueblo. É um amontoado de coisas: museu, ateliê, hotel, restaurante, blá blá blá whiskas sachê. E segundo me contou a Wikipédia, é uma casa-escultura. Poético isso, né? Me lembrou um pouco Gaudi, mas de verdade era pra parecer ninho do Forneiro, um pássaro uruguaio. Não que a teoria não interesse, mas com essa vista, precisa mesmo de explicação?


O Porto de Punta é outra atração, porque dizem que tem vários leões marinhos. Eu acho que vi, mas não tenho certeza. Podia ser só fungo na minha lente, assim à distância. Minha irmã e primo deram risada da minha cara, quando eu gritei “Ali ó, um leão marinho!”. De modo que, quem sou eu pra afirmar alguma coisa.
Pra quem quer exercitar o vício, tem o Conrad Cassino. Eu fui, mas só a passeio, que eu já disse que sou econômica (aff). Tem um mural assinado pelo Carlos Paes Villaró, de parede a parede, fabricado, até onde me pareceu, pra ser fundo mara de foto.

Esse aí comigo, é meu priminho Fê.
Punta del Este é pequeninha, bonita, badalada e cara pra dedéu. Ainda assim vale muito o passeio! Se joga!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Montevidéu é a capital do Mercosul

Quando a idéia é turistar, a dica é googlar. Os primeiros pontos turísticos a aparecer na listinha do Google são os mais badalados. Mas não necessariamente os melhores.
Tipo, googlando “turismo Montevideo”, vai aparecer o Parque Rodó. Que é um parque, com pedalinho, laguinho e arvinha, no meio da cidade. Eu fui, porque, né? Googlei. E não estou aqui pra falar que não gostei. Porque sim, é bonito! Estou aqui pra falar que não achei a entrada. Então, em resumo, é bonito até do lado de fora! Mas é confuso (ou ele ou eu). E mesmo que você esteja só passando de carro, consegue visualizar um pedaço. O mesmo que eu visualizei.


E se eu quiser ver Montevidéu inteirinha? Há como! É só dar uma passadinha na Torre de Telecomunicações da Antel, na entrada da cidade. Não tem como errar, é um prédio espelhado em forma de vela de navio (Dubai não patenteou o formato). Acho que é lá no 11º andar que tem um mirante redondo e fantástico, daonde é possível apreciar a cidade na sua amplitude e majestade (ói eu, toda adjetivos).

porto visto do alto

Mais um ponto turístico, que assim como a torre da Antel é dois em um, ou seja, feito pra turista visitar e pra gente de verdade trabalhar, é o Palácio Legislativo. Daonde as leis saem. As visitas guiadas são ótimas pra quem quer conhecer um pouco da História do Uruguay, graças a guia trilingüe e simpática. Não é fácil ser trilingüe, quanto mais simpática! O Palácio fica perto da Praça Plebiscito, tá?


biblioteca do Palácio

Agora eu vou falar uma coisa que minha irmã não pára de repetir: Montevidéu é a capital do Mercosul, ok? É só isso. Era só pra você saber.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Montevidéu by night

Tem cidade que se enfeita com Rio ou Mar, né? Tipo Floripa, com aquela avenida beira-mar linda de tirar o fôlego. Ou o Porto, com a Vila Nova de Gaia se escorando no Rio D’Ouro. Ou Paris com o Senna e todas as suas pontes. Ou São Paulo com o Rio Tietê... ¬¬ (silêncio desconfortável)
Mas, como eu ia dizendo, Montevidéu também tem seu enfeite. É o Mar del Plata. Que, na verdade, é Rio. Rio bem disfarçado de mar. Com ondinha e orla de areia. Só não tem conchinha. Então não é mar!


O curioso dessa “beira-mar” (além do fato de ser rio), é que o horário dela bombar é à noite. Mas a noite mesmo, tipo 22h, 23h. O povo começa a fazer jogging, pescaria, ou simplesmente vai dar uma conferida na paisagem tomando um mate, assim bem tardão. A avenida fica cheia! Isso eu tô falando do verão, claro. Porque aquilo é uma ventania de tirar magrelo do chão. No frio deve ser um tantinho insuportável. De modo que, estando em Montevidéu, não deixe de conferir a beira-mar-rio à noite! Segundo dizem, Pocitos é a melhor das “praias”.

"Praia" de Pocitos

Outra coisa boa pra fazer a noite, e sobre a qual minha hermana pode falar melhor, é ir ao El Pony Pisador, uma baladénha! Uma baladénha com esse nome dá medo, né? Eu sei. E se eu te disser o repertório musical então, vai arrepiar. Toca de um tudo! De lambada à Macarena! De Withney Houston a Wando (momento homenagem)! Eu nem tô exagerando, hein? O mais engraçado é que não sou (só) eu que estou indicando o El Pony Pisador. O Lonely Planet fez isso antes de mim. Então, se tem o selo Lonely Planet, deixo cá o endereço (pra não passar vergonha sozinha): Bartolomé Mitre, 1325. Essa rua fica na Ciudad Vieja, perto de todos aqueles pontos turísticos do outro post, e é repleta de outros bares.


Mas sua vibe é mais “chiqui”? Então tá! Pocitos, que é meio que bairro nobre (seria inteiro, se hermana não morasse lá), tem bares gostosinhos. Hermana vai dizer mais no post que vou pedir pra ela fazer (tá bom, hermana? ), mas eu já posso indicar um supimpa, do ladinho do Shopping Punta Carretas. É o Siam (F.Garcia Cortina, 2466). As saladas, virge, são de virar o zóinho. E o resto deve ser bom também, né?

Taí o que eu conheço da noite de Montevidéu. Enfia o pé na jaaaaaaca!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Uruguay - o retorno!

Eu não sou a pessoa que mais tem férias nesse mundo, tá? Pra vc que taí se perguntando. Eu só falo muito delas. Muito, muito mesmo. Por exemplo, agora vou falar que as minhas últimas férias, que começaram na África do Sul, acabaram no Uruguay, lá onde moram papai e mamãe. Apesar de não ter mais quarto na casa deles, ainda vou pra lá findi-ano, porque, né? Não guardo mágoas.
Daí a chance de falar de novo de Montevidéu, que na última viagem ganhou um post mixuruca. Montevidéu merece ser esmiuçada.

Apesar de capital, a cidade é pequeninha, motivo pelo qual um tour leva apenas um dia.

Mercado Del Puerto. É mercado público, tá? Na minha cabeça logo vem a expressão cheiro-de-peixe. Mas não é bem assim. No Mercado Del Puerto, o cheiro é de parrilla, o sea, churrasco uruguaio. O churrasco uruguaio é cheio de carnes que a gente (do Brasil) nem pensa em comer, porque são partes que dão nojinho. Por exemplo: rim (riñon), intestino grosso e delgado (tripa gorda e tripa fina), sangue (em forma de lingüiça doce ou salgada, chamada morcilla). Éca, né? Agora vou fazer uma confissão de torcer o nariz: eu gosto! Principalmente de uma parte especial chamada molleja, que é nada mais, nada menos que uma glândula do boi (ou algo do gênero). Diliça!

Mercado del Puerto - link original da foto.

No Mercado Del Puerto tem também lojinhas de souvennier, porque ele se diz mercado público, quando na verdade é shopping rústico pra turista ver. Pensa na seguinte analogia: turista que passa por Montevidéu e não entra no Mercado Del Puerto, vai pra Paris e não vê a Torre Eiffel. Marromenos isso! E a região do mercado, que é a Ciudad Vieja (centro véio, né? nem precisa de tradução), é toda voltada ao turismo.

Tem, por exemplo, Museu do Carnaval. Eu achei fraquinho e improvisado. Mas é interessante pra gente entender que o Carnaval não nos pertence. Nós não registramos a patente. Inclusive, na rua da minha mãe, treina uma escola de samba uruguaia. É bem legal! Parece fanfarra!

Bem legaus mesmo é o Museu de Artes Decorativas, ou Palácio Taranco. Um palacete com tudo há que um palacete tem direito. Menos a princesa. Ele não é muito divulgado. Não tem luminoso na frente. Eu achei de ociosa curiosa que sou.


Palácio Taranco: link da foto original

A rua principal da Ciudad Vieja é a Sarandi, que na verdade é um calçadão. É lá que estão as galerias e feirinhas e o McDonald’s e o Burger King. Ela culmina num portal (ói aí, povo da Caverna do Dragão), que é a saída/entrada da Praça da Independência. Uma palavra pra Praça da Independência: grandiosa! Não estou falando de tamanho, mas da vibe cartão postal, sabe? Rodeada de prédios novos e antigos, entre eles o Teatro Solis (visitas guiadas u-hu), é onde está o monumento e memorial do Artigas, super-herói da independência.

Praça da Independência. Essa fui eu quem tirei.

É issaí! Eu queria ser uma pessoa sucinta! Mas não sou! Então vai ter mais post de Montevidéu nesse blog.

Reparou que temos enquete, né? Não? Tá ali em cim, à sua direita. Bjo, miliga!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine's Day Craft, Pum, Scataplaf!

Eu não sei presentear homem. Se fosse menino, eu dava carrinho, G.I. Joe, Hot wheels. Mas pra menino adulto, eu não sei o que dar de presente. Claro, tem issaí que você já imaginou na sua mente poluída. Mas eu tô falando de coisa palpável. Tsc, tsc.
Depois, piora. Aqui em Angola a situação complica ainda mais, ou porque tudo é o zóio-da-cara, ou porque tudo é escasso.
De modo que, namorado vai ganhar craft. Parece onomatopéia de coisa se espatifando, mas não é. É trequinho feito a mão, em inglês. Zatamente, presente super hiper ultra-personalizado. Mas, nem tanto, né? Porque eu dei uma googlada antes de desenvolver qualquer coisa. Então, a idéia saiu daqui. E o resultado taí:


Se te interessar, vc vai precisar de garrafinha, esmalte, papel colorido, linha barbante, cola ou fita dupla-face, e furador.
A garrafinha escolhida é de molho picante. Foi esvaziada, lavada, escaldada (pra mó do rótulo sair sem teimosia), e lustrada com álcool em gel (aquele do H1N1). A tampinha foi pintada de esmalte bombom, por conta de esconder a marca do molho. Ficou mais brilhante. O rótulo e os tags vão de acordo com a imaginação de cada um. Eu imprimi os textículos textinhos, mas a pessoa pode desenhar, escrever, recortar, furar e colar. E essa amarração das tags, eu não sei ensinar, porque foi embolação de fio que deu certo. Eu acho, né?
Recheei de brigadeiro. Mais ou menos. Porque juntei bolacha Maria triturada depois do brigadeiro pronto, pra endurecer mais rápido e não amassar dentro da garrafinha. Mas engana bem que é trufa, né não?

Pronto! Agora é ver se namorado vai fazer cara de U-huuu, ou de Afff.

Happy Valentine`s Day, everybody!!!!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Loucurinhas da África do Sul

Saliento que, o que é loucurinha pra mim, pode não ser pra você. Uma loucurinha meio Einstein. 

Rhino parade. A tara dos guardinhas.

 - Em Johannesburgo transporte público é coisa que quase não há, o que começa a me parecer uma constante nos países africanos. E os bairros são todos distantes uns dos outros, estritamente separados entre residenciais, comerciais e industriais (com exceção do centrão, que é a muvuca). Daí a grande necessidade dos guias. Eu achei os táxis tão caros quanto os guias, com a exceção de que o guia, né? Te guia. Mas quem optar por táxi, que opte pelo pré-pago, pra não correr o risco de ter que deixar as calças, ou um rim.

- Cafézinho expresso é Chá-fezão de 200ml. Cuidado pra não se afogar.

- Na hora de pagar a conta, sempre surge a dúvida: dar gorjeta ou não? Cada país tem sua mania. 10% é normal? Ou numa próxima, o garçom vai lamber seu bife? Em Johannesburgo, a conta vem com o valor total consumido, um espaço pra preencher o valor da tip, e outro pra fazer a matemática e descobrir quanto saiu o preju. Achei supimpa! Ninguém fica confuso. Quando gerei os 10%, o garçom nem fez cara de Aff, nem de U-hu, então acho que tudo bem.

- É normal entrar numa loja, e ver toda a equipe conversando num dialeto bem louco. Porque antes da África do Sul ser quem ela é, era um amontoado de povos com culturas distintas e línguas próprias. Se o atendente não simpatizar com o turista, pode chamar de “bobo, feio, chato, cara de kibe”. Quem é que vai saber? O importante é que trollando ou não, o povo sempre oferece um sorriso colgate.

Mandela Square. Quem acertar de quem é a estátua, ganha um doce.

- Dicas de comidinhas? Na Mandela Square, uma praça aberta, anexa ao mega shopping Sandton City Centre, tem uma porção de restaurantes, típicos ou não. Papei no mais típico que há, o Lekgotla (repita rápido 3x). Além da decoração e do staff paramentado, vez em quando, do nada, o povo pira, e começa uma dancinha acompanhada de batuque. Tem também uma mocinha, que passa de mesa em mesa, pra mó de fazer pinturinha tradicional no rosto da clientada. Eu dispensei. Por que, né? Não sou mais criança!

- Mais dicas de comidinhas? No Rosebank Mall - que é muito legal de passear porque é a céu aberto, e tem feirinha de artesanato - um restaurante em especial me chamou a atenção, cadiquê a decoração era muito kitsch: o Crancks. Brilha no escuro! Por fim, calhou dele ser tipicamente tailandês e ter umas gororobas muito doidas, que eu provei e gosti. 


Prataria do Cranks. Kitsch. Adouro!




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pretoria: Meu limão, meu limoeiro…

A África do Sul não tem uma, nem duas... tem três capitais! Aff, megalomaníaca! Pretória é a administrativa, o que quer dizer que é de lá que o presidente põe ordem na bagaça. Taí na foto a casinha bege dele.

Tá bom, não é só uma casinha, é a sede do governo sul-africano. O Union Building. Todo fyno e victoriano. Repara no jardim estilinho Versalhes. De verdade mesmo, é bunitu pra dedéu.



Outro lugar legal de visitar é a Church Square. Juntou uma igreja e uma vendinha, tá feita uma cidade. Foi assim com Pretória também. Por isso que essa praça é legal, é o coração da cidade, e tá rodeada de prédios históricos. Tem até um boteco Belle Époque, do tempo que a vovó não tinha celulite. Hein? Vitrola.


Do site FrenchFoodFool

Outro lugar legal de visitar (vixi, um dejavu), é o Museu de História Natural. Porque, pra quem não sabe, a África do Sul é o berço da humanidade. Foi lá que encontraram a ossada do hominídeo (ou elo perdido, caro amigo geek) mais véio desse mundo. E chamaram de Mrs. Ples. Depois, a cabeça da moça foi reconstruída, e instalada no Museu de Pretória. No fim, calhou da moçoila ser um moço.


Outro lugar legal de visitar (omg) é o Museu Nacional Histórico-Cultural, ou “Janelas da África”. Mega interessante! Tem exposição de um pouquinho de tudo que é sul-africano, inclusive a reprodução de um bantusão (bairro “reservado” aos negros durante o apartheid).

Curtiu? Curiosidade procê: O apelido carinhoso de Pretória é “Jacaranda City”, cadiquê as ruas são forradas de árvores de Jacarandá made in Brasil. Ó, nóis!
Foto by Pikkie