quinta-feira, 30 de maio de 2013

Aulinha de Tricô

Tá na moda, né? Essa história de DIY.

Então resolvi me fazer de prendada, e ir numa aulinha de tricô... em inglês, pra aumentar o desafio... num café bar, pra dar mais emoção...

O lugar se chama Drink, Shop & Do, e é um espacinho todo vintage perto da estação King's Cross (a do Harry Potter). Eles organizam uns workshops pra menininhas, tipo uma noite de maquiagem pin up. A moça sai de lá parecendo a própria avó, só que de antigamente. 

Anyway, a aulinha foi pura diversão. Escolhi uma lãzinha meio exótica (nem dá pra bonita, nem pra feia) e fui à luta. Taí o resultado: um cachecol pra Barbie. Tô me jurando que vou produzir um de verdade, assim que lembrar como fazer os pontos iniciais.


Sabe como e, né? Com o valor do novelo, compro três cachecóis na Primark, um deles com estampa de caveirinha, mas eles não vão ter aquele Sazon.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Gainsborough Studios

Já tem 4 meses que estou em Londres...aff! Como diria Cazuza: Beth Balanço, meu amor!
Durante este tempo estive morando em Gainsborough Studios. Vista linda, suspirante pro Schoreditch Park, do ladinho do Regent´s Canal que fica todo boêmio na primavera...

Schoreditch Park no inverno
Schoreditch Park no inverno
Regent's Canal
Mas eu tô aqui pra falar do cabeção do Hitchcock. Tem um cabeção de Hitchcock no meio do pátio do Gainsborough Studio. WTF?

Parece, mas não é o Buda
Exprico: Aqui onde hoje é prédio de apartamentos, antes era um dos estúdios do Gainsborough Pictures, lugarzinho onde Hitch produziu seus primeiros filmes. Antes de "Birds". Antes de "Psicose". Eram na maioria filmes mudos, todos P&B, e o mais famoso deve ser o suspense (craro!) "The Lady Vanishes".

There you go! Eu durmo todo dia, aonde Hitch trabalhava. Mas é só até amanhã, que depois chega o caminhão de mudança.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Achadinho em Berlim


É uma ruelinha. O achadinho é uma ruelinha estreita e antiga, isolada no meio do centro comercial de Berlim, a Rosenthaler Strabe. E o que ela tem de bão?

1. Muita intervenção artística urbana. Mas assim muuuita. Na base da overdose de tanta intervenção. É intervenção em cima de intervenção em cima de intervenção.



2. O Museu do Otto Weidt, que é o motivo real pelo qual a rua nunca foi demolida pra virar shopping. Seu Otto, fosse católico, já tinha sido canonizado. Explico o porquê. Ele tinha, nessa rua aí, uma fabriqueta de vassouras que só contratava trabalhadores cegos, surdos ou mudos. Durante a II Guerra do Mal, a maioria dos trabalhadores era de judeus, que seu Otto protegia com unhas e dentes. Protegia como dava e como não dava: falsificava documentos, subornava o povo da Gestapo, chegou a buscar uma moça (Alice Licht) num campo de concentração, e escondeu uma família inteira num dos cômodos da fábrica. Seu Otto é gente que faz! Claro que ele tinha que ganhar museu, né? Também ganhou medalha. E como se não bastasse tudo o que realizou, ainda abriu um orfanato pra crianças saídas dos campos de concentração depois da Guerra. Pena que passados apenas dois aninhos, Seu Otto morreu. Gente assim devia ser eterna.


3. Também tem Museu da Anne Frank, que não é a casa da Anne Frank. Que essa fica na Holanda. O Museu da Anne Frank de Berlim mostra fotos e conta episódios da vida da menina em ordem cronológica, ao mesmo tempo que desenrola os desenvolvimentos da dominação nazista. O sea, a gente acompanha como as duas histórias se relacionam. Mas é triste, meu povo.


4. Monsterkabinett: é exposição de monstro mecânico. Bizarrice da grossa! Na rua tem um bicho gigante maluco que se mexe com depósito de moedinhas. Mas a coleçãozona mesmo está no subsolo da rua. É monstro no subsolo, gente. Bizarro!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Turismo em Berlim

Oláaaaa classe! Olá professor Tibúrcio!

Vimos no post anterior que o Muro de Berlim teve grande influência na atual identidade da cidade, que foi parte marcante da história. Alguém adivinha qual foi o outro fato que virou a vida de Berlim do avesso? A vida na Alemanha? No world as we know it? Alguém? Alguém?
Foi a Segunda Guerra Mundial (quem acertou ganha uma estrelinha). E é nesses dois períodos, determinados pelo fanatismo, que o Turismo de Berlim se baseia.

Topa um walking tour? Tentarei (com força) ser sucinta.
Comecemos pela Ilha do Museus, que é... auto-explicativo. Lá tem o Museu Pergamon, o Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie e o Museu Bode (méééééé), todos recheados de coisas antigas, romanas, egípcias, gregas e troianas. Pra quem tem tempo, deve ser legal. Eu estava numas de saber da História da Alemanha, então fui direto pro DDR.


DDR é um mini museu na margem do rio, que conta de forma interativa como era a vida em Berlim Oriental. Muito legal! A gente vê como eram os carros, os canais de TV e rádio, as roupas, as casinhas padrão, os empregos pelos quais mulheres e homens podiam optar, como era uma sala de interrogatório... Museu pequeninho, mas brincalhão. Cheinho de informação.


Na frente do DDR está a Catedral de Berlim, que é gigantesca do lado de fora. Não entrei porque tinha que pagar, e eu só vou pagar pra entrar em Igreja, no dia em que o papa argentino doar aos pobres todo o ouro do Vaticano. Revoltadinha, né?
Continuando: na frente da Catedral está o Museu Histórico Alemão, e nesse sim, hein? Passei algumas horas. Nerd, meu povo! A pessoa é nerd!


Tá acompanhando o guia? Então tá, neste momento, você está na rua Unter den Linen (não faço idéia se estou repetindo "rua" duas vezes, ou xingando a sua mãe... meu alemão é zerado). Vamos até o final dela pra encontrar o Portão de Bradenburgo. De certeza você já viu alguma imagem deste monumento. Embaixo dele aconteciam as paradas dos nazis, e acredito eu, muito discurso teve ele como background. O portão é antigão, do tempo em que os países eram fechados tipo fortaleza, e por isso já viu a Alemanha passar por muita transformação. Da tia wikipédia: "Hoje as portas que um dia separaram Berlim e que foram atravessadas em desfile por tropas napoleônicas, revolucionárias e nazis, é o símbolo da prosperidade e da unificação alemã". Tia Wikipédia, a poeta.


De um lado do Portão está o Palácio do Reichstag, prédio do Parlamento Alemão, que é gigaaaaante por fora, e parece ser moderninho por dentro. Turista pode entrar, mas só com hora agendada. Do outro lado, está o Memorial do Holocausto, um quarteirão inteirinho de blocos de pedra com alturas diferentes. Repara na minha cara de ????. Eu não sei o que um monte de pedra pode ter a ver com o holocausto. Não sei! Fiquei confusa! Nessas horas, em que a inguinorância bate, a gente googla, né? E o resultado: "os blocos são desenhados para produzir uma intranquilidade, um clima de confusão, e a escultura toda ajuda a representar um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana." Entendeu? Nem eu. Só sei que é divertidíssimo pra brincar de esconde-esconde.



Agora pega a rua do Memorial e vai reto-toda-vida. Você vai começar a ver pedaços do Muro de tempos em tempos, o que quer dizer que está perto de alguma coisa interessante. Essa "coisa" interessante é a antiga locação do Prédio da Gestapo (na rua Nierdeskirchnerstrabe, repita rápido 3x), daonde saíam as decisões do Hitler e sua corja. O edifício obviamente não existe mais, que com a derrota da Alemanha foi destruído, né? Mas outro prédio novinho foi construído no lugar e apresenta a exposição "Topografia do Terror", que conta toda a história da dominação nazi, desde a entrada do partido no poder, até os julgamentos de Nuremberg. O conteúdo é forte, tipo a "Lista de Schindler". Tem que tomar cuidado, pode rolar uma depressão.
Curiosidade: do lado de fora do museu tem um pedação do muro intacto, sem pixações ou coisa que o valha.  


Se segura que o guia ainda tem pilha. É Duracel! Seguindo esta rua de nome irrepetítivel, você vai chegar no Chekpoint Charlie, nome de um dos postos militares que faziam passagem entre uma Berlim e outra. Hoje em dia, o que existe é um cenário mequetrefe no meio da rua, com um ator se fazendo de guardinha do mal. Turista japa tira muita foto (nada contra, tá?). Ali em volta existem alguns museus, um deles contando histórias de tentativas de fugas peculiares.

Ói que legal eu sou, até mapinha providenciei procêis. Só que, né? Não te como fazer este walking tour num único dia, a não ser que você queira realmente passar o tempo todo só walkando do lado de fora dos museus (que é basicamente o que um walking tour faz). Turista nerd (eu!eu!eu!), que quer ler plaquinha explicativa por plaquinha explicativa, vai levar uns três dias pra completar o passeio todinho.


Exibir mapa ampliado

sábado, 4 de maio de 2013

Berlin is dodgy


Alemanha, pra mim, sempre foi: Fritz & Frida, strudel, povo-alto-loiro-bochecha-rosada, casas-com-telhado-pontiagudo-estrutura-de-madeira-aparente. Resumindo: Blumenau!
Daí fui passar final de semana em Berlim, e cadê? Cadê o padrão sul-do-Brasil-Oktoberfest?
Não tinha, né? E os motivos podem ser dois.
1. A Alemanha da minha cabeça só morava na minha cabeça, junto com as vozes.
2. A Alemanha da minha cabeça realmente existe, mas não em Berlim. Porque Berlim foi a cidade do muro, e isso muda tudo.

Então, a primeira impressão que tive de Berlim não foi "estou na Alemanha", foi "estou nos anos 90". Mais precisamente no início dos anos 90. Lê-se: prédios-estilo-fábrica, muros-cobertos-de-pixação, povo-de cabelo-militar-jaqueta-de-couro-cerveja-na-mão. É dodgy, minha gente! Eu achei que sofreria arrastão de gang. Mas não, aparentemente o perigo é mesmo só aparente.


Hora da aulinha de História: Uma vez que Berlim era a capital da Alemanha, mas ficava na parte socialista do país, os companheiros & companheiras acharam por bem dividir fisicamente a cidade. E como? Muito prático! Construindo um muro em volta da parte capitalista. O muro foi construído no meio de uma madrugada de 13 de agosto de 1961 (surpresa!), e era todo vigiado por guardas. A parte presa no muro era a capitalista, mas a que ficou alheia ao que acontecia no resto do mundo, e que não podia ir livremente de um lado pro outro, era a socialista. Daí era aquele padrão de sempre, geral tinha emprego, educação, casa. Geral era igualzinho em direitos e deveres. A propriedade e a indústria eram instituições públicas. Mas, como sempre, não funcionou, porque no comunismo/socialismo falta liberdade e sempre tem aquele grupo de poderosos que burla o sistema... uma injustiça. E usar o mesmo vestido que o resto do povo é boring. Então, depois de 28 anos, em 1989, o muro caiu! Eu me lembro, foi um acontecimento!
A população da parte socialista vazou. Tava todo mundo louquinho de vontade de pegar estrada, fazer mochilão, carpe diem. E foi assim que muitas fábricas quadradinhas iguaizinhas ficaram abandonadas. Algumas viraram hotéis (como o Michel Berger), muitas viraram clubs (todos curte uma balada), muitas ficaram completamente abandonadas, e até hoje existem bairros fantasmas largados pra alegria dos artistas/pichadores.




Nesses contexto era de se imaginar que Berlim deveria estar situada nos anos 60 (quando tudo começou), mas está nos anos 90. E eu ainda não achei explicação lógica pra isso. Se você conhecer, me diz.
No próximo post eu te conto o que fiz de turismo, tá?

Michel Berger

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Haja amor!

Sabe quando a pessoa queria ser uma abelha pra pousar na sua flor?

Intaum, he proposed to me!

Em Windsor!
Foi a noite, no jantar, num restaurantezinho da estação ferroviária.
Nem faz careta de "ui"! A estação de Windsor é toda charmosinha, toda cafés e lojinhas.


Eu respondi "I do", e fui promovida à noiva.