sábado, 27 de julho de 2013

Caminhadinha no Hyde Park

Os parques estão para Londres, assim como as prais estão para... boa parte do resto do mundo. Só que de uma forma desesperada! Porque, né? O inverno é grande, o verão é pequeninho. E todos ama fotossíntese! De modo que parque com sol lota mais que show da Madonna em dia de parada gay... em Curitiba.

Infelizmente, eu não aproveitei muito esse aspecto da cidade. Visitei alguns, mas posso falar apenas de um detalhadamente: o Hyde Park, que tem 2,5 kms quadrados, e é cortado ao meio pelo lago Serpentine. Topa um walking tour?


Comecemos pela Marble Arch, esse monumento de 1825, que costumava servir de entrada cerimonial ao Buckingham Palace. Ele foi transportado pra Edgware Road depois de uma reforminha no palácio, bem ao estilo mobília de casa de praia, sabe? Mas é icônico, viu? Tão icônico que merece ser nosso ponto de partida (e se isso não for convincente enough, acrescento que fica do lado de uma Primark).


Wellington Arch na frente da mansão

Andemos ao longo do parque até encontrar a Apsley House, casa (nowadays museu) do Duque de Wellington. O Duque de Wellington está para a Inglaterra, assim como o Batman está para Gotham City, o Harry Potter está para Hogwarts, o Bastian para Fantasia. Afinal, ele derrotou Napoleão, o baixinho que queria dominar o mundo.

Agora adentremos definitivamente o parque, e caminhemos até encontrar o lago, que é a grande atração do verão, com seus cisnes, patinhos, pedalinhos.




O memorial da Princesa Diana fica quase na beira do lago, e, ao contrário do que a minha imaginação concebia, ele não é a estátua da Dy vestida de Princesa Disney com bebê etíope no colo e background track do Elton John. "Like a candle in the wind...". É... como explicar? Um curso d'água artificial em forma de ovo. Uma piscininha com design exótico. Praticamente a prova concreta de que a rainha e ela não se batiam. Que, convenhamos, Dy merecia no mínimo um chafariz daqueles com anjinho fazendo pipi. Um duende de jardim, que fosse.


Enfim, continuemos pela estrada afora, seguindo o laguinho, nessa área que confunde Hyde Park com Kesington Gardens, até encontrar a estátua do Peter Pan. O parque é cenário original da história do Peter Pan, se você não sabe. Uma das primeiras obras referente ao menino perdido (quem nunca?) se chamava "Peter Pan in Kesington Gardens". Que "Terra do Nunca" é para os fracos.


No final do lago, tem um jardim italiano coisa-linda. Mas o melhor está por vir: o Kensington Palace, a leste (?) do parque. Eu, provavelmente, devia fazer um post só para este palácio. É, eu deveria, e é isso que vou fazer... acabei de decidir. Aguardeam!


Continuando, comendo pelas beiradas do parque, acabamos por encontrar o Albert Memorial, que já ganhou post próprio de tão impressionante.

Pode fazer um ufa! Acabou o passeio. Mas eu já avisei que vai gerar sublink. Aguardeam!


Exibir mapa ampliado

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Agradecimento oficial ao meu anjinho da guarda...

... que não dorme em serviço.

Sou só eu, ou você também adoura quando um vôo planejado, sai todo errado? Eu sei, é estranho da minha parte. Mas é a segunda vez que acontece, e só me fez maravilhas!

A primeira vez foi aquela lá em Joanesburgo, quando o vôo da South Africa Airways deu overbooking. Ao que parece, essa é uma prática habitual da cia em certas épocas do ano. Fraude, gente! Fica a dica! 
Os overbookados estavam todos interagindo, reclamando no balcão, solicitando os vouchers, fazendo amizade, add no facebook... e, olha a minha sorte, a minha BFF no tumulto calhou de ser uma voluntária no Lyon's Park. Tava decidido o que fazer no tempo extra. Não só fomos ao parque, como a Mônica ainda me apresentou aos bastidores. Resultado: peguei bebê simba recém-nascido no colo, caras! Muita emoção! Muito me senti o macaco azul! Diz lá, se não valeu a pena?



A segunda vez foi agora, na minha volta para o Brasil. Pois é, Londres está temporariamente fora de serviço ou desligado. 

Intaum que essa segunda vez foi menos divertida, porém, milagrosamente prática. Acontece que a bobinha aqui (tô sendo sútil), comprou passagens de volta, fazendo conexão em Nova York... sem ter visto pros EUA. 
Eu sei, eu sei... santa ignorância, Batman. Mas, caras, até onde entendi, o Tom Hanks passou meses morando no aeroporto, justamente porque estava em trânsito entre países. Kdiquê comigo seria diferente? Afinal, era só um transfer! Eu nem sairia da área de embarque!

Foi isso que eu realizei na minha cabeça, e aparentemente o mesmo aconteceu na cabeça de todos os oficiais de imigração (e agentes "checadores" de passaporte) pelos quais passei em Heathrow (aeroporto de London). Porque só se tocaram de me barrar na porta do avião. Zatamente, só na porta do avião me disseram que eu não poderia embarcar.


(Close tenso de novela mexicana.)


Eu poderia ter me desesperado, dado piti, chorado até desidratar, podia ter feito manifestação, porque não são só 0,20 centav... Mas eu não sei o que me acontece, que nessas horas, uma calma me alumia. Deve ser estado de choque! É isso! Eu sou espírito de tranquilidade, e elegância, devo acrescentar, quando em choque! Ou então é resignação, afinal, a longo prazo, aquele acontecimento vai ter algum grande efeito na minha vida? Se não, não merece muito do meu stress...


Enfim, a ignorância foi minha, do Batman, do povo que escreveu o roteiro pro Tom Hanks, e do staff da Britsh Airways. Por isso, este último, o staff da Britsh Airways chamou a responsabilidade pela falha nossa (cahan), e foi a solução dos meus problemas.  

Primeiro, me colocaram na lista de espera prum vôo direto pra São Paulo, que sairia dali uma horinha. Rezei pelo atraso alheio, confesso! Mas meu anjinho é competente, e não maldoso. Não resultou! De modo que cá estou: de Londres para Madrid, de Madrid pro Rio de Janeiro, do RJ pra SP. Ainda ganhei voucher de hotel, almoço, café da manhã, cheesecake no Sofitel do Heathrow. E, a maior loucura desse mundo, eu vou chegar em São Paulo antes do tempo que chegaria, caso tivesse feito o tal do transfer em NY. Não parece milagre? Eu tenho sorte turbo!

Agoura, realiza o que teria acontecido se eu tivesse chego lá nos EUA sem visto! Ficaria trancada por meses no quartinho com a Sol e os cubanos! Medo! Muito medo! 

E se o staff da Britsh tivesse reparado no problema durante o check in? Eu provavelmente teria que ter me virado sozinha, monetariamente falando, pra pagar outro trajeto de urgência. Muuuuito medo!

Então, pra finalizar: palmas pra Britsh Airways que foi impecável, e pro meu anjinho que já tem lugar reservado no céu. Clap, clap, clap, clap...


To be continued: Quando escrevi o post, ainda estava voando de Madrid pro Rio de Janeiro. Adivinha? Minhas malas ficaram em UK! Com meu vestido de noiva dentro! Hora de colocar meu nome na novena, povo. 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Buckingham Palace


Demorei esse tempo todo pra ir ver o Palácio de Buckingham, acredita? É que priorizei as atrações gratuitas, que elas merecem. Como diz o ditado: De grátis todo santo ajuda.

Dito isso, você já sabe que pra entrar no palácio, há que pagar. Saiba também que a entrada no palácio per se, só é permitida lá pelos meses de agosto e setembro. Apenas visitas guiadas, em horários programados durante dois meses do ano. Não discuta com a Rainha!

De modo que eu visitei, mas não entrei no palácio. Quer dizer... entrei nos estábulos reais. Isso conta? A atração em si se chama Royal Mews, e mews é gaiola pra falcão. Mas não tem falcão... tem os cavalos que dirigem as carruagens reais, e as próprias carruagens reais, que são usadas vez em nunca. Mesmo assim, não deixa de ser interessante, pra quem gosta de admirar a riqueza alheia.




Ainda "dentro" do palácio, na Queen's Gallery, ainda pra quem gosta de admirar a riqueza alheia, está em exposição "In fine style: The Art of Stuart and Stuart Fashion". Queen's Gallery, é um puxadinho real, próprio para exposições temporárias. Essa em especial parece uma aula de História da Moda extraída dos quadros da National Portrait Gallery. As amiga fashionista pira!

Mas, convenhamos, a cerejinha do bolo da visita é a vista da fachada do palácio em si. Austero, né? Bem sério! Que Londres não tá pra brincadeira. Há uma falta de enfeitezinhos dourados, rococós e toda essa frescurada que a gente (eu!) curte em edifícios históricos. Acho que o grande adereço da fachada do Palácio de Buckingham é a super estátua da Rainha Victória, sempre ela, a exibida! E, claro, o St. James Park, que, em pleno verão carioca inglês vira toalhão de piquenique pra geral.



sexta-feira, 19 de julho de 2013

Aldeias do Xisto

Essa semana fui visitar a aldeia da minha sogra... que é uma quirida. E eu não estou escrevendo isso só porque ela me disse que passa por aqui vez em quando. Juro!



Ceiroquinho é uma cidade com 20 e poucos habitantes. Zatamente! Você não pegou vesguice! São apenas dois dígitos de habitantes. Sabe quando você diz que São Paulo (Curitiba, Florianópolis, variações...) é um ovo? Intaum, Ceiroquinho é um próton de um átomo de uma célula que forma a lateral esquerda do blastocisto deste ovo. Marromenos isso.

Então que Ceiroquinho não tem escola, nem hospital, nem lojinhas, nem mercearias, nem sala de cinema IMAX. De verdade mesmo, nem rua dessas normais aonde os carros passam, Ceiroquinho tem. O que Ceiroquinho tem, são ruelinhas e escadarias para pedestres, casas de xisto, fontes naturais, uma boa vizinhança, muita tranquilidade, e uma vista de tirar o fôlego. 

Óbvio que uma vilinha dessas não consegue sobreviver sozinha. Existem várias outras aldeias, de maior ou menor tamanho (eu sei: unbelievable) ali ao redor, pelas encostas da serra. A maioria delas tem origem lá pelos idos de 1200, e características muito parecidas.  




Aparentemente, Piodão é a mais turística. Talvez seja a única. Praticamente toda ela é casa de xistos (pedra-material da montanha), o que acaba por criar uma atmosfera bem típica. Se não fossem os chatinhos dos vendedores ambulantes, querendo encher a gente de souvenir-tralha na base da insistência nível máximo, seria um lugar completamente bucólico. 



Fajão foi a aldeia que eu mais curti depois de Ceiroquinho em si. Acho que pode ser considerada cidade grande média,  já que tem restaurante (divino, por sinal), cafés, uma piscina comunitária pra alegria da galera... mas não tem escola também. 

Boiças: é de loucos! Esta aldeia tem 1 dígito de habitantes. Um dígito, caras! Não sei ao certo que dígito é esse, mas quem me deu a informação, é de confiança: o tio Tó (tio do maridão, e agora meu, por ligação). Tio Tó conhece a região todinha como a palma da mão, porque é sapador florestal (tipo o guardinha do Zé Colmeia, só que mais astuto). Dá pra ir apé de Ceiroquinho à Boiças. 

Well, foi uma viagem rapidissíssima de uma noite, e praticamente foi isso que eu consegui ver. Isso, mais o super lago formado pela Barragem do Alto da Ceira, a master concha desenhada na serra pra marcar o Caminho de Santiago, as super eólicas, a igreja romana de Arganil... Ó, valeu a experiência. Até colhi cereja do pé, veja bem! Uma fruta que eu achava que só existia em calda, no vidrinho. Guria de apartamento, sabe como é?

igreja romana de Arganil

Não dá pra enxergar o desenho de conchinha daqui, mas está ali.
Adicionando comentário da minha sogrinha ao post:
Fantástica a forma como descreves estes lugares tão bucólicos e tão queridos para mim. Foi nestas serras que aprendi a ser gente a guardar o rebanho de cabrinhas que era tarefa dos filhos pequenos enquanto a Mãe cuidava das terras e o pai colhia a resina dos pinheiros, isto à 45 anos atrás.Nesse tempo a aldeia era cheia de gente crescida e muitas crianças pois até existia uma escolinha a funcionar.Agora apenas restam as tais poucas pessoas mais concretamente 11 sendo que 6 delas são senhoras idosas e solteironas. Muito mais havia para dizer, mas já dá para terem uma pequena ideia.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tower of London

Em resumo: Castelo medieval com ponte levadiça. Pra atravessar fosso infestado de crocodilos.
Quer dizer, os cocrodilos foram invenção da minha cabeça. Quer dizer, isso tudo era antigamente, que já não existe nem fosso nem ponte.


Vamos começar do começo:  a Torre de Londres não é uma única torre. São 1, 2, 3...várias. A principal é a Norman White Tower, que foi construída num passado muito muito distante por "Willian, o conquistador", primeiro rei normando da Inglaterra. Servia pra acolher os normandos, que afinal, eram invasores em terras hostis. E pra proteger a cidade de outros invasores. Já dizia o ditado: Invasor que invade invasor...
Em volta da Torre Branca tem um muro, cheio de torres de observação. E em volta deste muro, tem outro muro cheio de... torres de observação. Era muito medinho!!! Não passava uma agulha!
Na bagunça, não consigo situar com exatidão o fosso e a ponte levadiça. Mas não importa, ambos só foram construídos na época do "Ricardo, coração de leão", o rei que se interessava mais pelas cruzadas, que pelo país.

simulação do quarto do rei.

Intaum que, o lugar já foi utilizado pela monarquia britânica de várias formas. O pátio, por exemplo, já foi palco de uma série de execuções. Entre elas, de duas das mulheres do Rei Henrique VIII: Ana Bolena e Joan Grey. Dizem (que o povo fala muito) que o fantasma da Ana Bolena assombra vez em quando, perambulando com a cabeça debaixo do braço.
Também já serviu como prisão pra gente importante, tipo a rainha Elizabeth I (antes de ser rainha, como é óbvio), e os "Príncipes da Torre" (mortos a mando de Ricardo III, segundo consta na obra do Shakespeare). Já foi palácio medieval, casa da moeda, zoológico...

Isso tudo foi só pra criar um contexto, tá?

traitors gate

Enquanto ponto turístico, a Torre de Londres é atração pra tarde toda. Porque a área é grande, é gostosa de explorar devagarinho, imaginado o que aconteceu em cada ponto. E também porque cada torre virou um museu.

O mais procurado é o que guarda as "jóias da coroa". E por isso tem filas. Só pra expôr minha opinião, afinal o blog é meu (tá?), achei uma mega enrolação. Há que vadiar por meia dúzia de salas, cujo conteúdo é única e exclusivamente "uma frase histórica adesivada na parede", até finalmente chegar nas coroas per se. Daí, gente inocente pensa: Agora vou olhar joinha por joinha, tim tim por tim tim, como se não houvesse amanhã. Mas não rola! Essa parte da visita é obrigatoriamente vapt-vupt, porque acontece de cima de uma esteira rolante. Sem chance de repeteco! Frustante nível máximo! Mesmo que as bunitas sejam brilhantes de cegar, cravejadas de diamantes vindos sob encomenda diretamente de Cripton...

Outra que tem fila e não vale o esforço, é a torre de tortura, que mostra exatamente três instrumentos do mal, todos envitrinados... de longe. Sem graça, caras... sem graça.

O resto, o sea, o que não tem fila, é mór legal! E sim, é caro, tem atração pega-turista, mas muito recomendo!


Curiosidade: Desde sempre existiram corvos passeando ali pelas torres. Corvo é um pássaro preto e grande, primo do urubu, só que mais bonitinho. Conta a lenda que "no dia em que os corvos partirem, será o fim da monarquia". É tanto medinho que, hoje em dia, eles ficam em viveiro com a asa cortadinha, e são chamados de "corvos reais". Ironicamente, o rei que decretou isso de manter permanentemente os bichinhos por ali, foi Charles I, que morreu via decapitação bem ao estilinho revolução francesa.  

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Oxford, a cidade universitária

A University of Oxford foi fundada em 998. Isso mesmo, caras! Eu não tô falando de 1998. Tô falando de 998. E hoje ela é giganteeeesca, espalhada em não sei quantos campi pela cidade. Mas não pára por aí. A universidade ainda gere parques, acomodações de estudantes, bibliotecas, capelas, laboratórios e até museus. Até museus.
Entre os estudantes mais conhecidos estão J.R.R. Tolkien (o fundador da Terra Média), C.S. Lewis (de Narnia), Lewis Carol (do País das Maravilhas)... o que me faz pensar que a água dos dormitórios tinha dorgas alucinógenas. Margareth Tatcher, Bill Clinton, Toni Blair, Hugh Grant... e mais um monte de gente mais séria.



Deste jeito até parece que fui visitar a universidade. Mas não, fui visitar a cidade. É que uma se confunde com a outra. Uma engoliu a outra. 
Não tive assim muito tempo pra explorar, porque a viagem foi rapidinha: meia manhã, meia tarde. Mas já foi o suficiente pra concluir uma coisa: Oxford é mais legal por fora do que por dentro. A arquitetura dos edifícios é tão clássica, tão obra de arte que não dá vontade de sair das ruas. A gente chega a procurar o DeLorean, porque parece que voltou no tempo. 




Pra não dizer que este post tá inútil, que agrega nada, digo que visitei três museus dispensáveis: o de história da ciência, o de arte moderna (que tá mais pra galeria) e o Ashmoleum (tipo um mini Britsh). Já o Oxford Museum, que fica na Town Hall, é mara! Mas eu sou suspeita, né? Adoro um museu de cidade

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Coisinhas da sala de casa.

Almofada monstro, presente da Carol.


Nossos porta retratos não tem fotos.

Prato porta-trecos, presente de casamento da Inês.

That´s the way (a-han, a-han) I like it!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Jack, the ripper

Este walking tour é para os fãs de Criminal Minds, afinal "Jack, o estripador" foi dos primeiros serial killers listados da história deste mundo. Só que este é daqueles episódios sem solução, porque em 1888 não existia laboratório de CSI, análise de finger prints, DNA...


Resumão:
Jack matou cinco mocinhas entre agosto e novembro no bairro Whitechapel cá em London. Seu modus operandi (ha!) era bem complicadinho: primeiro ele matava a gaja cortando a garganta, depois fazia uma incisão no abdômen (que eu falo difícil, porque também assisto Grey's Anatomy), arrancava as tripas e, vez em quando, ainda levava meio orgão de recordação pra colocar na estante. Beeeeem perturbado! A última vítima, ele escangalhou geral. Desfigurou o rosto, cortou virilha e sumiu com o coração.

Intaum que o walking tour segue o trajeto de todos esses assassinatos. A gente tem que usar muito a imaginação, porque London tá muito mudada. Digitransformou-se de sombria em trendy. O ponto inicial, por exemplo, a Whitechapel Road, hoje em dia é praticamente o "Caminho das Índias" lotada de tendas vendendo roupinha-moda-Maya. A White Chapel (capela branca) per se já nem existe. No lugar, tem só uma pracinha. Mas as sepulturas permanecem.



Curiosidades:
1. Entre a lista de suspeitos estava até um dos príncipes, filho da Rainha Victoria.
2. O primeiro crime aconteceu na noite de 31 de agosto... dia do meu aniversário!
3. Se alguém se interessar pelo assunto, recomendo o filme "From Hell", com o "Edward, mãos de tesoura" no elenco.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Museum of London

Acredita que eu demorei esse tempo todo pra ir no Museu de Londres?

Acho que não me atraia horrores porque fica numa região que eu acho muito feia, o Barbican, puro concreto. E o Museu em si é bem do sem graça do lado de fora, parece uma big chaminé. Nada de edifício vitoriano imponente.


Precisei ir lá dentro pra descobrir a explicação pra isso.
Acontece que aquela área foi completamente bombardeada durante a II Guerra do Mal. Ou como diria tia Wikipédia, virtualy destroyed.

Intaum que eu devia ter ido no Museu há muito mais tempo, né? Porque Museu de cidade é aquele que te guia. Que explica qual a importância política/ histórica/cultural de todos os outros pontos turísticos. Este em especial usa muita montagem de cenário e filminho no processo. Highlights:

- Maquetes: são várias, principalmente entre a época pré histórica e a medieval. A do "grande incêndio de 1666" (o ano da besta - booh) tem luzinhas piscando aleatoriamente pra simular o fogo se espalhando.

- Cenários: antes da era vitoriana são toscos, mas daí em diante, hein? Puro espetáculo. O mais legal simula um bairro comercial de 1850 e qualquer coisa, e permite que a gente examine o que havia dentro das lojas e escritórios. Ou seja, a gente passeia dentro do bairro xeretando o alheio. Outra que eu super gostei, e mistura filminho com cenário, foi o Pleasure Gardens, que remonta um jantar de máscaras nos jardins reais, costume do final do século 18.

- Filminhos: tem sobre a peste negra, sobre o grande incêndio, sobre isso, sobre aquilo... e eu super curti um que é todo montado com depoimentos de civis durante a II Guerra.


domingo, 7 de julho de 2013

É o amô-ô-ôrrr!

Esse post não é sobre mim. Podia ser, mas não é.
É sobre o amor que a Rainha Victoria sentia pelo Príncipe Albert, seu maridinho. Depois que ele morreu, ela entrou em estado de "luto for life". E não foi só no quesito pretinho-básico. Ela deixou de aparecer em público, mudou-se pro interiorrrr, isolou-se geral (dentro do que é possível pruma monarquia constitucional, né?). Em homenagem ao benhê, mandou construir o Albert Memorial, um monumento de 50 metros de altura no meio de Kensington Gardens. É de impressionar, caras... você tá passeando no parque, pensando na taxa de câmbio, na crise europeia, na morte da bezerra... e dá de cara com issaí.



Minhas fotos não capitaram o tamanho da coisa, sabe? É mesmo impressionante. Além da estátua do príncipe ali no meio (de bronze, folheada a ouro... tanta criança com fome na África, aff), em cada um dos cantos tem conjuntos de estátuas remontando os quatro continentes (Europa, América, Ásia e África). Na real, aquilo é cheio de detalhezinhos, tudo traduzindo os interesses em vida do falecido.  

A historinha desse casal é muito bonitinha, sabe? Porque ao contrário do que contou a Branca de Neve, a realeza não costumava casar por amor. Era tudo armado conforme interesses políticos. Vez em quando, dava certo, vez em quando, não. O casório do Albert com a Vitória não deixou de ser meio armado. Afinal, ele foi incluído na lista de possíveis pretendentes por um tio alemão, ou seja, havia a intenção de fazer ligação entre os países. Só que, ultrapassou a barreira da politicagem, né? Os dois, que eram primos diretos, se encantaram mutuamente, flertaram via cartinha, mudaram status no facebook... até que ELA eventualmente fez a proposta de casamento (que a decisão tem que partir da rainha, sabe?). E foi isso, viveram felizes para sempre, tiveram uma multidão de filhos... até que ele morreu com 42 aninhos. Ela ainda viveu até os 81. Se a história te interessar, tá tudo registrado lá no filme The Young Victoria.

Royal Albert Hall, casa de espetáculos bem na frente do Albert Memorial.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Macarrão de Abobrinha

Eu vi! Eu vi você torcendo o nariz! Tá achando ruim? Eu posso piorar. Não é o molho que é de abobrinha, é a própria massa. Massa de PURA ABOBRINHA!

Minha foto ficou com super cara de miojo. 

Tirei a receita lá do blog da Simone, que tem barriga de tanquinho, e faz a gente passar mal de lumbriga postando todo dia fotos variadas de tentações comestíveis no Instagrão. Daí você acha que aquele bolo que ela postou é muito chocolate, doce de leite, brigadeiro... mas não, caras! É só coisa low carb cheia de proteína. Não quer dizer que seja necessariamente light, tá? Afinal, ela malha horrores. Mas quer dizer que é saudável!

Zatamente o caso desse macarrão aqui. Fiz, não acreditei na consistência da massa, adorei, e compartilho minha versão convosco neste espaço amigo:

- 2 abrobrinhas (que aqui tem nome chique: courgete... aqui abobrinha é só aquilo que sai da sua boca)
- 30g de nozes mistas (eu usei castanha de caju mermo)
- 30g de queijo de cabra (ou algum outro queijo forte de sua preferência)
- 1 golinho de leite
- 1 dentinho de alho
- 1 tantinho de catchup 
- 1 cadinho de curry
- orégano, sal, óleo

Fazer a massa é muito simples. É só ralar a abobrinha no ralo grosso, na altura do comprimento, de modo a fazer fios. Faça o mais comprido que você conseguir, pra ficar parecido com macarrão. Esse "macarrão" vai ser frito bem rapidinho com o alho e um fiozinho de óleo. Mas, caras, é mesmo vapt vupt. Não pode deixar amolecer, senão perde a consistência macarronística. Pro molho: triture as nozes. É muito fácil de esmagar elas com uma faca... também é terapêutico. E corte o queijo em pedacinhos derretíveis. Agora é só fritar as nozes com os temperinhos. Quando começar a parecer fritinho (avermelhadinho nos pontos de contato), diminua o fogo, acrescente o queijo, e ajude a amolecer com o golinho de leite. É essa a finalidade do leite, derreter o queijo e dar uma certa cremosidade ao molho. A finalidade do ketchup é outra: dar uma corzinha! Se o molho estiver no ponto pra você, desligue o fogo e misture a abobrinha. Eu gosto de fazer isso na frigideira, pra dar aquela última queimadinha... mas essa sou eu, a piromaníaca.

É muito fácil ficar descrente com essa receita, né? Eu sei. Mas, conselho: acredita bunita!

London Dungeon

Fear is a funny thing. Booh!


Eu achava que ia ser uma atração estilo Noites do Terror do Playcenter. Afinal, muitas semelhanças: ambas são cenários produzidos de formas labirínticas, com povo vestido de morto pelo caminho, pra fazer medo em quem estiver disposto a pagar. E, Freud explica, tem muita gente disposta (eu!eu!eu!).

O que acontece com a London Dungeon é que é uma atração mais elaborada. Bem mais elaborada. Primeiro que tem base histórica, o sea, as historinhas de terror, não são simples historinhas de terror. Não tem simplesmente um zubi aleatório non sense comendo cérebro no meio do nada. Elas são baseadas em fatos reais (ou em lendas) que povoaram a História (com letra maiúscula) da Inglaterra, e que, de tão do mal, podem ser consideradas máquinas de fazer fantasmas em série. É o caso da peste negra, por exemplo, ou da Inquisição da Bloody Queen Mary, ou do Jack, o estripador.

Segundo, tudo é apresentado de forma interativa por atores de verdade, a maioria deles muito bons. Os roteiros são puro humor negro, que inglês é assim, né? Dá pra ter uma ideia do que eu estou falando pelo site, ó.

E, pra finalizar, os efeitos especiais são magia pura. O melhor, mais louco de todos, são os atores 3D. Que iiiiisso? Nem eu sei, caras! Só sei que é muuuuito legal. Parece que eles projetam filmagens de rostos falantes nos manequins, e fica, tipo, perfeito. Fazem isso pelo menos duas vezes, que eu me lembre: com a apresentação do Henrique VIII e do Guy Fawkes, o cara que tentou explodir com o parlamento. Na saída, tem duas gárgulas cantantes deste mesmo tipinho.

Que mais? Tem passeio de barco com direito a ficar encharcado, tem muito escuro, muito sonzinho de medo, labirinto de espelhos, explosão, e simulador de queda. Resumindo: aula de história/ teatrinho/ parque de diversões/ friozinho na barriga.